CONVERSAS COM OS PEQUENINOS PARA AS MANHÃS DE DOMINGO – VIII

“O Senhor é a minha rocha.” Salmos 18:2 – ARA

Quando vamos a Gloucester, tomamos banho de mar todos os dias. É muito refrescante entrar na água salgada e fresca em um dia quente. Há algumas rochas na água em nosso local de banho, e algumas pessoas gostariam que elas não existissem. Mas nós as achamos muito úteis. Quando o clima está agradável, o mar é muito calmo lá, mas, às vezes, depois de uma tempestade, as ondas rolam tão furiosamente que não conseguimos ficar em pé, nem ficar um momento em segurança, se não fosse pelas rochas. Nós nos seguramos rápido nelas, e o mar vem sobre nós, mas não consegue nos levar. As rochas estão sempre lá. A água vem e vai. Às vezes, a maré está alta e, às vezes, a maré está baixa. Às vezes, elas ficam cobertas de modo que só conseguimos ver o topo delas e, às vezes, elas estão completamente à mostra e secas. Mas elas nunca se mexem, e quando nós as procuramos, elas estão sempre lá. Eu gosto daquelas rochas. Eu acho que já teria sido levada pelo mar e teria me afogado se não fosse por elas.

Davi, meus pequeninos, chama Deus de rocha. Vocês sabem por quê? Porque podemos nos segurar Nele quando estamos com problemas e ficar seguros. Eu já passei por muitos problemas. Já fiquei muitas vezes gravemente doente e não sabia se viveria ou morreria. Eu não sabia que grande dor eu poderia sofrer. Eu não sabia se eu teria que passar anos na minha cama, e nunca mais andar sobre a grama verde. A doença é um grande problema. Ela se parece como as ondas do mar que vêm para levar toda a nossa felicidade e conforto. Deus é a nossa rocha quando estamos doentes. Nós devemos nos apegar a Ele. Ele nos salvará. Devemos orar a Ele, pensar Nele, amá-Lo e confiar Nele e, talvez, Ele nos cure ou, se não, Ele nos confortará e nos dará paciência em nossa doença, para que ela não destrua toda a nossa paz. Aprenda a dizer: “O Senhor é a minha rocha”. Você terá alegria mesmo quando estiver doente.

Passei por dias tristes quando meus amigos morreram. Eles fecharam os olhos e foram para onde eu não os veria mais. Fiquei contente porque eles foram para Jesus e felizes, mas fiquei muito triste por estar sem eles. Eu senti medo também. Parecia que as grandes ondas do mar estavam subindo para levar tudo o que eu amava e me deixar sozinha. Pensamentos dolorosos estavam no meu coração. Mas naquele tempo de angústia, Deus foi minha rocha. Eu me agarrei a Ele. Deus, nosso Pai celestial, vive para sempre. Seus olhos nunca se fecham. Ele sempre olha gentilmente para nós. Ele nunca nos deixará, nem nos abandonará. Ele é como uma rocha. Se as ondas de problemas vêm, e quase O escondem da nossa vista, Ele ainda está lá. Nós podemos confiar Nele firmemente em nossos corações. Às vezes temos amigos, e às vezes eles nos deixam; mas sempre temos Deus.

Passei por momentos em que me senti muito infeliz e mal sabia o porquê. Eu estava cansada do meu trabalho, cansada dos meus livros e cansada dos meus companheiros. O mundo não parecia um mundo agradável. O sol não parecia brilhante, nem o canto dos pássaros parecia agradável. Senti como se as grandes ondas do mar tivessem me engolido, e não havia nada acima de mim ou ao meu redor, exceto o oceano salgado. Eu senti medo também. Eu sabia que havia feito muitas coisas que desagradavam a Deus. Eu havia esquecido Dele muitas vezes. Eu não O havia amado como deveria. Às vezes, deixava de orar e não tentava agradá-Lo todos os dias, mas vivia apenas para agradar a mim mesma. Eu fiquei com medo de que Ele não me levasse para o Céu, com medo de que eu nunca fosse como os santos de lá, e derramei dolorosas lágrimas, e estava com graves problemas.

Mas o Senhor foi minha rocha também. Ajoelhei-me e confessei meu pecado. Eu disse a Ele que sabia que havia errado, e que muitas vezes fazia o que não era certo. Pedi que Ele me perdoasse por amor a Jesus, e implorei que Ele me amasse, me salvasse, e me ensinasse a amá-Lo. E Ele ouviu minha oração. Ele enviou uma doce paz em minha alma. Eu senti que deveria amá-Lo sempre, e viver para agradá-Lo. Eu me agarrei a Ele, e as ondas não me levaram embora. Então, o sol voltou a brilhar, minhas alegrias retornaram e fiquei muito feliz. Enquanto eu viver sempre amarei o Senhor, minha rocha.

Por Sophia Goodrich Ashton